De Vasco Costa Marques
Devolvem-me os canais em que circulo
os cartazes do pranto as unhas tensas
cruzando sobre a fronte o desengano
uma chuva de fogo para a noite
Dizendo noite a própria noite vela
para imitar o dia destruí-lo
uma lata vazia um grito gasto
onde a sopa arrefece
Nada mais tenho Escrevo na palavra
outra palavra
Dizendo dia crio a melhor forma
de revender a noite insinuá-la
fio de raiz roendo-me os tecidos
uma estátua crescendo
Nada mais tenho Escrevo na palavra
outra palavra.
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