De Vasco Costa Marques
Queriam-se
Alimentavam-se um do outro
Cada contacto aproximava a morte
«Seria só um pássaro desfeito um rio sorvido
Pela própria nascente a paisagem
Que construiu em volta existe apenas
Como um palco fantasma nada mais
Lentamente corroeu-se o tecido das horas
Como a hera trespassa as paredes das casas
E as madeiras antigas se desfazem
Conservando o seu espelho de verniz
Lentamente serrando as pontes das palavras
Rolando sobre a pele a névoa do cansaço
Um perfume que desce ao profundo dos hábitos
Afogando o desgosto a procura o sorriso»
1 comentário:
Um Sem Título apaixonante :)
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