De Vasco Costa Marques
Prisioneiros habituais
Construíram hipódromos de aranhas
Percorriam um grão
Até se comoverem
Assim os agitou um vento débil
O seu bafo soprou a geada acumulada
Eram filhos dum ramo habituado
A ter sobrevivido a outro inverno
«Puseram-nos aqui para que sossobrássemos
Permanecemos para sobreviver
Mas o sinal do homem é construir a vida
Igual ao sonho que gerou no deserto
E o cansaço da vida é por vezes com flores
Satisfazer a fome é por vezes suicídio
Só o pão do suplício aceitado e negado
Multiplica o sabor da vida à nossa mesa
Nem só as minhas mãos e a tua sombra
Cortam o fio das veias entre nós
O amor é um terreno que precisa
Dos adubos do tempo»
1 comentário:
Venho responder ao seu email que faz referência a este blog.
Infelizmente tenho um plafond de acesso à net que é muito pequeno e muito poucos megas até ao fim deste mês, mas terei muito gosto em adicioná-lo aos meus links de acesso a "outros poetas".
Muito obrigada.
Maria João Brito de Sousa
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