A pena de si mesmos alastrou nas paredes

De Vasco Costa Marques
A pena de si mesmos alastrou nas paredes
Um grande dó confundiu-os com o mundo

Um secreto magneto inclinou
Sua haste nocturna
A língua partilhada revelou
Uma velha raiz familiar

Foi como se nascessem de um só ventre
E se tivessem visto antes da luz

«Inesperado como os jogos dos meninos
E contudo no tempo mais propício
Rasgou os nossos corpos em mil bocas
Abriu as flores curvou os rios forjou os céus
E amoleceu de mel gostoso os nossos lábios
Os nossos lábios como um dia de verão»

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