De Vasco Costa Marques
Onde as raízes sobem mais fundo
e os ramos mais alto
na terra e nos frutos te possuo
Tu me brotas regatos
com rumorosos versos entre as pedras
e barcos de velas ao longo dos rumos
Oh madrugadas de orvalho
o Sol chorou na relva dos teus olhos
Que oceanos se vão desfeitos
na espuma das tuas mãos
Na tua boca amadurecem pomos
e nos teus olhos cristalizam fontes
Meus braços te buscariam em todos os horizontes
À tua sombra crescem os desejos
como as heras e os musgos na nascente
És como a terra fértil dos outeiros
desentranhando-se em pinheiros
e em vinhedos roixos na vertente.
Por que foi que me deste os melhores frutos
e a água mais pura e transparente.
3 comentários:
Como água de rio quando encontra um desvio de pedras em sucalcos.
"...Onde as raízes sobem mais fundo e os ramos mais alto na terra e nos frutos te possuo"
Uma poesia sensível como as folhas do Outono...
Porque não tem rio que não vá de encontro ao Mar...
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