De Vasco Costa Marques
Se eu te falasse
com poemas de pássaros ao luar
se corresse o teu corpo
com dedos de folhas caindo
nos poentes de Outono
amarias o esqueleto de bruma
que eu te pendurasse ao pescoço
pelas noites de ansiar
de teus sonhos doentes.
Não.
Venho nu e rugoso como os troncos
só me veste por dentro
esta fúria de semente
só te trago a fome longuíssima
dos meus braços sem metafísica.
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