De Vasco Costa Marques
Procuro entre detritos...recuperouma voz entre mil...uma só sílaba
depois abro as janelas.. precipícios
torres que não encontro na memória
É esta a minha noite com ruídos
de máquinas crescendo um céu de vinho
sem badana em couché sem necrológio
senão suicídios lentos verdadeiros
Penso este só guisado de feijão
com líquenes que a luz não atormenta
um ventre destruído acrescentando
a ternura do pão.. um suor morno
Aqui nos reunimos claramente
um tremular de velas a friagem
dos canos fundos que nos despe longe
longe.. sem o prenúncio da manhã
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