Duende rival de Pan


O "Homem do gelo"
De Vasco Costa Marques
Duende rival de Pan
no souto de avelaneiras
ao fim dos velhos carvalhos
na doce cana soando
melancolias de fauno
ecos de vento silvando
trajectos de rudes lanças
de antepassados herança
cálcio que mata mamute
osso que não se discute
e foi encontrar albergue
no avô mumificado
na crista do icebergue


O "Homem do gelo", múmia de um homem morto há 5.300 anos e encontrada congelada nos Alpes em 1991, foi o pretexto para VCM escrever estes versos. Muitas das coisas que escrevia resultavam, como esta, de brincadeiras ou reflexões em torno de noticias que por uma ou outra razão lhe chamavam a atenção.

1 comentário:

francisco oneto disse...

Muito bem esgalhado!!!
o homem do gelo foi batizado (com o acordo ficámos sem o p...) de Ötzi.
Um belo nome, hein!

Grande Abraço