De Vasco Costa Marques
Quando a mão de obra
mete as mãos à obra
que falta?
que sobra?
uma volta à chave
o dedo inquieto
que o raio dispara
o nobre sem sorte
o verdete amargo
na senda (???) da cobra
achada no escombro
pender a cabeça
e não achar ombro
estender a mão
e não achar faca
senão a que corta
a meia torrada
e o café deserto
no peso da tarde
regalo da mosca
no sono do velho
que pediu conselho
por dez mil ou mais
pois tem o cartão
o sessenta e cinco
que comprou depois
de apertar o cinto
1 comentário:
Sim, em qualquer papel se anota um verso, por isso tenho tantos papeizinhos aqui comigo... Gostei muito do seu blog, meus parabéns.
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