De Vasco Costa Marques
Tão nítida a cidade e não ousamos
arrancar a raiz que nos perdura neste
chão de penumbras desoladas.
De mesa em mesa, longamente, vamos
dando e roubando as mãos, a face escura,
entre velas compradas, apagada.
Voa, pássaro de asas inseguras!
A cada sopro novo alarga o pano
das tuas asas de empenhada alvura.
Pesa-te o chumbo de um repúdio de anos,
de pena em pena ganharás altura.
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