A pele cresta as mãos. A cada instante,

De Vasco Costa Marques
A pele cresta as mãos. A cada instante,
é preciso acertar os olhos no crepúsculo
O cotão invadiu os olhos e os músculos
Frustrou-se a gravidez do deus mutante

Uma cadeira rangedoira, um dente
cortando gravemente a carne mole ...
um pedaço de pão que está pendente
do fotão que não vem de nenhum sol

Aprender os impulsos de outra língua,
aprender a prudência do presente
papiros quebradiços, Índia a Índia
Comidos por camelos e serpentes

Não vinga neste chão o que se vinga

Aprender que futuro não dura sempre

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