1949
LUÍS AMARO
Poema do Tempo Perdido
CERTAS horas que passaram,
Ah! dou-as por invividas:
Poeira incerta, infantil
Que os ventos levaram...
Seu rasto é fumo e nada,
Mentira, confusão.
Certas horas diluídas
Não foram, nem são.
Não me reconheço nelas,
Porque lá não fui presente.
Cinza inútil, vaga névoa ..
— Simplesmente.
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